por O Mundial de Clubes é o sonho de consumo das equipes brasileiras. É o momento mágico onde é possível que o torcedor tenha a emoção de encarar o campeão da Champions League em uma final e, de quebra, voltar com o título.
Contexto do jogo
Após ser campeão da Copa Libertadores, com triunfo sobre o Athletico Paranaense, o São Paulo encarou o Al-Ittihad na semifinal do Mundial e venceu por 3 a 2, garantindo o seu lugar na final. Do outro lado, o Liverpool, atual campeão da Champions League.
Os ingleses venceram o Milan na final da UCL e passaram pelo Deportivo Saprissa na semifinal do Mundial por 3 a 0. Dessa forma, chegaram na decisão com a incrível marca de estar há 11 jogos sem levar um gol, amplamente favorito.
Com esse enredo, a final foi disputada em 18 de dezembro de 2005, no Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama, no Japão.
Primeiro tempo
O Liverpool foi para cima desde o início. A primeira oportunidade veio com cruzamento de Gerrard, o craque inglês, mas Morientes cabeceou para fora, levando perigo. Após isso, um torcedor corintiano invadiu o campo para provocar os são-paulinos, mas acabou ajudando.
Ele se enroscou nas redes e o jogo ficou paralisado, o que ajudou a diminuir a pressão do Liverpool e dar tempo para os são-paulinos se acertarem. Com o reinicio do jogo, os ingleses seguiram melhores, mas o Tricolor passou a tentar jogar, ficar mais com a bola.
O São Paulo passou a jogar melhor, com jogadas de efeito de Cicinho e Amoroso. Aos 26 minutos, Aloísio recebeu passe de Fabão, colocou no peito e, de três dedos, lançou para Mineiro. O volante apareceu livre na marcação dos ingleses e bateu sem chances para Reina, 1 a 0 São Paulo.
Em desvantagem, o Liverpool passou a ficar mais com a bola e criar. Luis Garcia chegou a acertar a trave. No final da primeira etapa, o atacante teve outra oportunidade, mas Rogério Ceni fez o primeiro dos seus milagres, o que garantiu o triunfo até então.
Segundo tempo
O segundo tempo teve um enredo de ataque contra defesa, com alguns contra-ataques dos brasileiros, mas domínio inglês. Aos seis minutos, uma falta na entrada da área para Gerrard, sua especialidade. A bola foi no angulo, mas Rogério Ceni estava lá para fazer uma das maiores defesas da sua carreira. No lance seguinte, Ceni foi no alto para ganhar do gigante Hyypia. Pouco tempo depois, Kewell fez linda jogada, mas o goleiro novamente estava lá.
Aos 19, Luis Garcia driblou dentro da área e bateu no alto, mas Rogério fez mais uma grande defesa. Um minuto depois, mais um gol bem anulado do Liverpool, que mandava no duelo.
O jogo seguiu com o Tricolor se defendendo, o Liverpool atacando e Rogério Ceni salvando. Aos 43, o Liverpool teve o seu terceiro gol anulado, todos com maestria pelo auxiliar. Ao todo, foram sete impedimentos dos Reds, que cobraram 17 escanteios e tentaram, mas não conseguiram. O juiz encerrou aos 48 minutos após um tiro de meta de Rogério Ceni, e o São Paulo foi tricampeão Mundial.
Comemoração da torcida do São Paulo
Campeão Mundial, o São Paulo chegou ao Brasil às 7h no dia 20 e fez a festa com os torcedores até às 17h. Os são-paulinos foram até Guarulhos receber o time. Foram cerca de 15 mil pessoas nas ruas da cidade, entre recepção, encontro com o prefeito e finalização das comemorações.
Repercussão da vitória
A vitória Tricolor foi gigantesca e repercutir em todo o mundo. A equipe que já havia vencido super times de Milan e Barcelona, passou por um dos melhores times do Liverpool na história e conquistou o seu tricampeonato Mundial.
Conclusão
Foi uma aula defensiva, coroada com uma das melhores atuações de um goleiro em finais de Mundial de Clubes na história. Com o título, o Tricolor Paulista se tornou o único brasileiro com três títulos do Mundial de Clubes.
